quarta-feira, 25 de março de 2009

Marc Jacobs X Tendências de Moda


Vejam a matéria que saiu na folha segunda feira:

Tendências de moda são invenção, diz Jacobs
Estilista, também diretor da Louis Vuitton, inaugura loja de sua grife em SP

Designer critica cobertura dos desfiles pela mídia e afirma que crise econômica tornará consumidores de roupas "mais discretos"

ALCINO LEITE NETO
EDITOR DE MODA
CAMILA YAHN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Considerado um dos principais nomes da moda, o estilista americano Marc Jacobs, 45, esteve em São Paulo no final de semana para conhecer a primeira loja de sua marca aberta no país, bancada em sociedade com a empresária Natalie Klein. O negócio espera arrecadar R$ 7 milhões em 2009, apesar da crise econômica.
A loja de dois pisos e cerca de 400 m2, na rua Haddock Lobo, nos Jardins, fica exatamente em frente à Louis Vuitton, grife da qual o estilista é também diretor de criação. "É uma coincidência enorme", disse.
Em entrevista à Folha, feita na nova loja, o estilista afirmou que a crise deve tornar os consumidores "mais discretos" e que não acredita em tendências de moda. "Tendências são uma invenção da mídia", declarou Jacobs. Leia a seguir trechos da entrevista.

FOLHA - Você acredita em tendências de moda?
MARC JACOBS - Tendências são uma invenção da mídia. É um modo antigo de se aproximar da moda, uma generalização sobretudo que está acontecendo, um jeito de prender a multiplicidade dos acontecimentos dentro de um esquema. Os estilistas podem mudar a maneira como mostram a moda, as pessoas podem mudar o jeito de vestir moda, mas sempre se escreve falando de tendências. Acho que as pessoas têm de ser mais responsáveis ao escreverem sobre moda. Elas precisam olhar para moda de rua, para a roupa cara, para a roupa barata e até para as pessoas que não estão na moda e não sabem nada a respeito dela.
FOLHA - O que mudou na moda desde que você começou?
JACOBS - Hoje, as pessoas estão muito mais ligadas em moda, no design contemporâneo, e têm fome de novidades. Quando comecei, não havia o mesmo tipo de atitude. As lojas de departamento dos EUA compravam pouco os novos designers.
FOLHA - Você disse certa vez que, no início de sua carreira, a "religião da moda" era toda a sua vida e não se preocupava com outras coisas, como música e arte. Qual a importância das outras atividades culturais para você, agora?
JACOBS - São muito importantes. Busco ver tudo o que posso, exposições, filmes, concertos de rock e óperas. Quanto mais vejo, mais me sinto inspirado. Você precisa se alimentar de outras vozes criativas para poder criar. É uma armadilha ficar apenas no mundo da moda. A arte de viver não é constituída apenas de roupas, mas também de bons filmes, boa literatura e boa música.
FOLHA - Você acha que a moda vai mudar muito com a atual crise econômica?
JACOBS - Não sei. As pessoas continuarão gostando de moda e comprando as roupas. Os estilistas continuarão tentando criar o que é novo e bonito. Talvez os consumidores estabeleçam novas prioridades, sejam mais discretos em seus gastos... Mas tudo ainda é especulação.
FOLHA - O que o futuro reserva ao mercado de luxo?
JACOBS - Não sei. Mas é uma ideia muito velha achar que alta moda significa altos preços e que os estilistas têm de se manter num patamar elitista. Certamente, há aspectos do luxo que dizem respeito à qualidade do material, da mão-de-obra especializada, de coisas muito custosas. Mas a moda, ela mesma, não tem a ver necessariamente com o que é caro, e sim com a curiosidade das pessoas, com o modo criativo de cada um se vestir.



Um comentário:

  1. oi, mari.
    to tentando entrar em contato com vc.
    vc pode me passar seu e-mail?
    o meu é fercafona@gmail.com.
    meu tel é 99189172
    se vc puder me passar seu contato eu agradeço.
    é sobre um convite da Adidas Originals.

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